4 de fev. de 2011

Casamento: Encantamento Com Obrigações e Obrigações Com Encantamento.

Podemos ter três visões a respeito do casamento:a visão demasiadamente otimista,
a visão demasiadamente pessimista e a visão prudentemente realista.
A visão demasiadamente otimista: É a visão romântica demais, de alguns anos atrás, presente nos enredos de certos romances de amor e de certas novelas.
As mulheres falam em “príncipe encantado” e os homens, em “a mulher de meus sonhos” ou “a mulher de minha vida”.
As histórias de amor dessa linha focalizam quase sempre apenas a fase de conquista e terminam com a duvidosa e eufórica declaração: “E foram felizes para sempre”.
Depois disso, parece óbvio que eles vivam “felizes para sempre”.
Infeliz e freqüentemente, nos consultórios de psicoterapeutas e psicanalistas, a história dos casais depois do cartão-postal inicial é contada em versões bem menos sorridentes.
A desvantagem da visão exageradamente otimista é que os nubentes são muito ingênuos e se casam despreparados.
Não admitem dificuldade posterior alguma e não tomam medidas preventivas.
O abandono do romantismo ou do otimismo exagerado talvez tenha ido longe demais.
Colocamos na mesma bacia as vantagens e as desvantagens e jogamos tudo fora.
A visão demasiadamente pessimista hoje prevalece a visão demasiadamente pessimista do casamento.
Em vez de frases românticas, colecionamos ditados e conceitos chocantes: “O amor é eterno enquanto dura”;
“Quando a pobreza bate à porta, o amor voa pela janela”;
“O amor faz passar o tempo e o tempo faz passar o amor”.
E ouvimos conselhos absurdos: “Se não fosse bobamente moralista, teria tido mais amantes e menos maridos” (Elizabeth Taylor, atriz);
“Hoje o que eu consideraria ideal seria poder ter duas, três, quatro mulheres, amigas, namoradas eventuais, e elas terem dois, três, quatro homens” (José Angelo Gaiarsa, psiquiatra);
“Se a gente pensar bem, o casamento nunca foi necessário” (Flávio Gikovate, psicoterapeuta).
Por essa razão, casa-se cada vez menos e cada vez mais tarde.
Ao mesmo tempo separa-se cada vez mais.
Metade dos casamentos na Inglaterra acaba antes de completar 18 meses.
Entre os americanos, o índice de divórcio é de 50%.
A visão prudentemente realista do ponto de vista cristão, o casamento é uma instituição natural, inaugurada por Deus logo após a criação do homem e da mulher.
Une duas pessoas de sexos diferentes para viverem em companhia agradável uma da outra, até que a morte ou a infidelidade contumaz e irreversível de um ou de ambos os cônjuges os separe.
Mesmo fora do meio cristão, considera-se que o casamento é bom para a saúde física e mental e para a vida sexual.
Pessoas casadas têm câncer e problemas cardíacos mais raramente e vivem mais, de acordo com a revista alemã Neus Leben, que se baseou em dados científicos.
Entre os casados, o número de suicídios é menor.
Ser casado, conclui a pesquisa, é um dos fatores que mais podem influenciar a felicidade pessoal.
E, ao contrário do que se afirma com freqüência — que nada é mais prejudicial à realização sexual do que ser fiel a vida inteira.
E estudos demonstram que pessoas casadas fazem mais sexo do que os solteiros e que a qualidade de vida sexual dos casados é significativamente melhor.
A visão prudentemente realista do casamento não é simplória como a visão demasiadamente otimista e menos negativa do que a visão demasiadamente pessimista.
É isso que nos leva e nos prende à visão prudentemente realista do casamento.

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